Olá brisa do mar!

Quando era mais pequena gostava de cozinhar (adorava surpreender os meus pais quando chegavam a casa!), mas com o tempo algo mudou. À medida que fui crescendo comecei a achar que estar na cozinha, com a “barriga encostada ao fogão”, era de alguma forma estar a perpetuar os estereótipos de género. “Eu não cozinho!”, dizia com orgulho, uma espécie de rebeldia contra o statu quo. Contudo, quando a nossa energia se foca em agirmos contra algo por vezes podemos perder-nos pelo caminho…

“Pela Liberdade de Ser” foi o artigo que escrevi no ano passado, pois é fundamental que nós mulheres respeitemos as escolhas de vida das outras mulheres, por exemplo se querem dedicar a sua vida ao trabalho e não ter filhos. Nesta mesma linha também temos de respeitar quem é feliz porque decide não trabalhar e fica em casa a cuidar dos filhos. No fundo, uma mulher empoderada é dona do seu destino e, por isso, responsável pelas suas escolhas. Não precisa de ninguém que lhe aponte o dedo, muito menos outras mulheres.

Se defender a igualdade de direitos entre mulheres e homens é ser feminista, como indica o dicionário, então temos de “agradecer às feministas” por todas as nossas conquistas: votar, estudar, trabalhar, liberdade sexual…Obrigada por nos terem dado a possibilidade de escolha.  Mas para esta “possibilidade de escolha” se transformar em “liberdade de escolha” não podemos ser julgadas se as nossas decisões nos remeterem para um papel mais tradicional das mulheres ou corremos o risco do feminismo deixar de ser um movimento pelos direitos humanos e passar a ser um movimento opressivo

Eu também defendo a igualdade de direitos entre mulheres e homens e, por isso, há falta de melhor termo sou feminista. Mas na verdade não gosto desta palavra (tal como tantas outras mulheres, inclusive ícones do feminismo como Natália Correia) porque infelizmente é muitas vezes confundida como sendo oposto de machismo ou algum tipo de fundamentalismo. Seria importante interrogar-nos do porquê. 

Nesta luta e conquista de direitos é fundamental que nós, mulheres, sejamos fiéis à nossa verdade sem nos julgarmos e/ou sermos julgadas por isso. Afinal, nós temos uma enorme capacidade de empatia, um coração do tamanho do mundo capaz de abraçar todas as diferenças. Não nos esqueçamos de abraçar também as diferenças que existem entre nós

Voltando à minha história, quando nos sentimos longe da nossa essência um bom exercício pode ser relembrarmos a nossa infância à procura daquilo que nos dava prazer, que nos fazia feliz. É que uma criança pensa livremente, sem preconceitos! E eu, para além de mergulhar, gostava de ajudar as outras pessoas e também de cozinhar. Por isso hoje sou health coach

Feliz Dia Internacional da Mulher!

 

 

Sorri e sê feliz,

Natacha

 

 

 

 

    • Facebook
      600 Followers

     

    Pin It on Pinterest